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Mitos e verdades sobre a doença celíaca

De uns anos para cá, muito tem se falado sobre a doença celíaca, um distúrbio de origem genética associado diretamente à ingestão de glúten, uma proteína presente em cereais como trigo, centeio, aveia, cevada e malte. A doença celíaca acontece quando o organismo não produz a enzima responsável por decompor essa proteína. Por isso, essa substância tem efeito tóxico sobre as células de defesa e desencadeia uma resposta inadequada do sistema imunológico, que passa a atacar o próprio organismo, causando um processo inflamatório. A inflamação ataca a parede do intestino e prejudica o seu funcionamento, dificultando ou impedindo que o organismo absorva os nutrientes dos alimentos, causando uma série de problemas: diarreia, anemia, perda de peso, osteoporose e até câncer. A doença celíaca é envolvida em muitas controvérsias, o que acaba atrapalhando o diagnóstico e até o tratamento dessa disfunção do sistema imunológico. Apontamos, a seguir, alguns mitos e verdades para que você conheça melhor a doença. Doença celíaca é um tipo de alergia: mito Tanto a doença celíaca quanto as alergias alimentares são uma reação do sistema imunológico a um determinado alimento, porém existem diferenças importantes entre elas. Uma reação alérgica, por exemplo, acontece logo após o consumo ou exposição ao fator que ativa a ação desenfreada do sistema imunológico, já a doença celíaca não provoca nenhuma reação instantânea. Os danos são causados lentamente, de forma silenciosa e, muitas vezes, até mesmo assintomática. Ter um familiar celíaco é um fator de risco: verdade A doença celíaca é genética e costuma afetar várias pessoas da mesma família. Para compor o diagnóstico, no entanto, além da análise dos sintomas, são feitos exames de sangue e biópsia do intestino delgado. Outros fatores que podem aumentar o risco de doença celíaca são: Síndrome de Down, doenças da tireoide e diabetes tipo 1. Doença celíaca é o mesmo que intolerância ao glúten: mito Pessoas com sensibilidade ao glúten têm sintomas semelhantes aos de doença celíaca, mas os efeitos no organismo são diferentes. Na sensibilidade ao glúten, o corpo reage mal à proteína, mas o intestino não sofre danos. Já as pessoas que têm doença celíaca sofrem uma resposta autoimune ao glúten e ocorrem danos na parede do intestino e má absorção das vitaminas. A doença celíaca pode aparecer em adultos: verdade A doença celíaca pode se desenvolver em qualquer fase da vida, inclusive na terceira idade. Embora seja frequente em bebês, assim que acontece a introdução do glúten na dieta, algumas pessoas só têm os primeiros sintomas na vida adulta. A doença celíaca causa apenas sintomas digestivos: mito Embora sejam comuns as dores abdominais, constipações, gases, náuseas, perdas de peso e diarreias, muitos celíacos desenvolvem outros sintomas. Entre eles, estão lesões na boca, alterações de humor, menstruação irregular, dor nas articulações, anemia, cansaço, formigamento nas mãos e pés, e problemas de crescimento. A doença celíaca não tem cura: verdade Por ser uma condição autoimune, ou seja, uma distorção do funcionamento do próprio sistema de defesa do organismo, não há tratamento para a doença. Ela pode ser apenas controlada. Pessoas diagnosticadas com doença celíaca precisam evitar completa e permanentemente a ingestão de glúten, evitando que o intestino seja agredido. Todas as pessoas devem evitar o glúten: mito O glúten é um componente natural de alguns alimentos e tem um papel importante na nutrição, tanto que está presente em diversos cereais. Ele não é essencial para a vida, mas também não faz mal para pessoas que não têm doença celíaca e nem intolerância. Muitos produtos alimentícios contêm glúten: verdade Além do trigo, cevada, centeio e seus derivados, o glúten é adicionado a muitos produtos industrializados. Além dos pães, bolos e massas, o glúten está presente em molhos prontos, sopas instantâneas, patês enlatados, achocolatados, embutidos, entre outros. Devido ao malte, o glúten também faz parte da composição de muitas cervejas. Por isso, quem realmente não pode consumir glúten deve examinar cuidadosamente os rótulos dos produtos alimentícios. Você conhece pessoas que enfrentam esse problema? Então, agora que já tem mais conhecimento sobre a doença celíaca, compartilhe esse conteúdo nas suas redes sociais e ajude a esclarecer o assunto.

A importância do uso racional de medicamentos

Para muitas pessoas é comum tomar um comprimido em busca de alívio instantâneo para uma dor de garganta, uma febre, uma dor no corpo ou qualquer outro desconforto que parece não exigir muita atenção no dia a dia. Essa atitude de tomar um medicamento sem controle ou prescrição médica, porém, não é tão inofensiva quanto parece. O assunto é tão sério que, a fim de combater a automedicação e o uso indevido de medicamentos, foi instituído o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado em 5 de maio. No Brasil, o consumo indiscriminado de medicamentos é preocupante. Um estudo feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) revela que o país é o terceiro maior consumidor de ansiolíticos benzodiazepínicos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Esses são os medicamentos mais utilizados no combate a sintomas como ansiedade, agressividade, convulsões e insônia, entre outros. Apesar da segurança e da importância deles, o crescimento repentino e exagerado do consumo é alarmante. Além disso, segundo o Conselho Federal de Farmácia, 77% dos brasileiros admitem que se automedicam, sendo que os remédios mais utilizados são os relaxantes musculares e os analgésicos. A automedicação sem orientação de um profissional da saúde representa um risco à saúde da população. Quer saber mais sobre a seriedade desse tema? Acompanhe as explicações a seguir. O que é o uso racional de medicamentos? A Organização Mundial da Saúde (OMS) define, em linhas gerais, que o medicamento precisa ser ingerido na dose adequada, durante um período determinado e com o menor custo possível. Portanto, a automedicação que leva ao consumo inadequado – algumas vezes insuficiente, outras vezes em excesso –, assim como a utilização simultânea de remédios sem o acompanhamento médico ou farmacêutico caracterizam o uso irracional de medicamentos. Como praticar o uso racional de medicamentos? A primeira atitude é levar um estilo de vida saudável como forma de prevenção de doenças, evitando, assim a necessidade de usar medicamentos. Ainda no que diz respeito à prevenção, é importante manter o calendário de vacinas em dia, protegendo o organismo de algumas doenças.   Além, desses hábitos, é essencial não usar medicamentos sem recomendação médica ou farmacêutica, respeitar as indicações de uso e evitar a sobreposição de medicamentos. Quais são os benefícios do uso racional de medicamentos? Os medicamentos servem para auxiliar na melhora da saúde. Portanto, devem ser usados adequadamente para não provocar um efeito  colateral indesejado, uma intoxicação ou um subefeito, mascarando os sintomas. Um dos grandes benefícios do uso controlado de medicamentos é evitar a chamada resistência antimicrobiana. Além disso, ao não exagerar na dose e seguir sempre as prescrições, a pessoa evita que o seu organismo tenha uma resposta ineficiente aos tratamentos realizados. O que é a resistência antimicrobiana? É um dos principais problemas do uso irracional de medicamentos. O uso indiscriminado de antibióticos faz com que as bactérias se alterem, tornando-se resistentes aos medicamentos. Como resultado, os tratamentos padronizados se tornam ineficazes, as infecções persistem e podem se espalhar para outras pessoas. A OMS estima que pelo menos 700 mil pessoas morram por ano devido a doenças resistentes a medicamentos antimicrobianos. Por que muitas pessoas são intoxicadas por medicamentos? Por conta do consumo exagerado. Isso acontece por vários fatores, como o hipocondrismo – conhecida popularmente como “mania de doença” –, a falta de atenção ao ler a bula, a falta de informações sobre a correta utilização do medicamento e suas interações com outras substâncias, o exagero na dose da medicação, o uso indiscriminado de medicamentos ou a automedicação, a falta de atenção na validade do medicamento, o armazenamento incorreto, o uso de medicamentos que não tem uso liberado no país, a indisciplina com horários ao ingerir medicamentos, entre outros. Vale reforçar que cada corpo possui uma reação diferente ao medicamento, por isso é importante procurar profissionais da saúde habilitados a orientar e acompanhar o correto uso. Gostou de saber sobre esse tema? Fique atento ao nosso blog. Aqui, você encontra os mais diversos conteúdos relacionados à saúde!

10 sinais de alerta de um possível câncer

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 190 mil pacientes morrem anualmente desse mal no Brasil. Um dos motivos é o negligenciamento dos sinais de desenvolvimento de um tumor e os consequentes diagnósticos tardios. Portanto, não ignorar os sinais e saber identificar os principais sintomas ligados à doença é extremamente importante. Afinal, se descoberta na fase inicial, as chances de cura aumentam significativamente. O câncer pode acometer qualquer pessoa, em qualquer fase da vida e provoca um crescimento desordenado de algumas células, que podem comprometer o funcionamento de algum órgão. Esse crescimento desordenado pode acontecer de forma rápida e os sintomas aparecerem rapidamente ou poder ser mais lento e os sintomas demorarem a surgir. Por isso, listamos alguns sinais que podem estar relacionados a um câncer e que devem ser observados com atenção. De qualquer forma, vale lembrar só o médico, munido de exames, é capaz de diagnosticar a doença. Emagrecimento não intencional O câncer costuma causar perda de apetite, mas o paciente pode perder peso e massa muscular mesmo sem diminuir a ingestão de alimentos. Isso acontece porque o tumor utiliza parte da energia do corpo para se desenvolver. Cansaço excessivo Muitas pessoas que estão desenvolvendo câncer apresentam anemia ou perda de sangue, o que ocasiona diminuição dos glóbulos vermelhos e a redução de oxigênio no sangue, causando esgotamento intenso mesmo em pequenas tarefas. Dores persistentes Dependendo da localização do tumor, ele pode apertar os nervos enquanto cresce, provocando desconforto e dor.  Na maioria dos casos, o alívio não vem com o repouso. São dores persistentes que só cedem com analgésicos fortes. Anemia As células tumorais produzem substâncias que agem na medula óssea, inibindo a produção de glóbulos vermelhos, o que leva à anemia. Ela também pode ser provocada por perda de sangue (mesmo que pequena, pode ser constante). Alterações nas fezes e na urina Variações bruscas nas fezes ou grandes alterações no padrão intestinal, além de barriga inchada e sangue nas fezes, exigem atenção, assim como alterações na urina. Pacientes que estão desenvolvendo câncer podem ter dor ao urinar, urina com sangue e vontade de urinar com mais frequência. Lesões ou manchas de pele O câncer torna o sistema imune mais fraco, provocando a diminuição das plaquetas que ajudam a cicatrizar lesões. Assim, as feridas de cicatrização lenta podem indicar câncer em fase inicial. Manchas escuras, pele amarelada, manchas vermelhas ou roxas com bolinhas e pele áspera também podem ser provocadas pelo câncer. Sangramento Um tumor maligno provoca hemorragias, úlceras e baixa coagulação do sangue, tornando-o ralo e escorrendo com facilidade. A hemorragia pode ocasionar sangue na tosse, nas fezes, na urina ou no mamilo, por exemplo. O sangramento vaginal fora do período menstrual, durante a menopausa ou após relação sexual também pode ser sinal de câncer. 8. Caroços e nódulos Nódulos ou caroços podem surgir em qualquer região do corpo, como mama, tireoide, próstata ou testículos. Também pode ocorrer inchaço da barriga, devido ao aumento do fígado, do baço e do timo e inchaço das ínguas localizadas nas axilas, virilhas e pescoço, por exemplo. Esses sinais podem estar presentes em diversos tipos de câncer. Dificuldade para engolir A dificuldade para engolir – ou disfagia – é um sintoma comum de câncer do esôfago e, geralmente, é progressiva. Além da dificuldade para engolir alimentos sólidos, o paciente também costuma apresentar crises de engasgo e queimação no peito. Rouquidão e tosse persistentes Ter tosse persistente, falta de ar e voz rouca – um sinal de lesão das cordas vocais – pode ser um sinal de câncer de pulmão, de laringe ou tireoide, por exemplo. Tosse seca persistente, acompanhada de dor nas costas, falta de ar e cansaço intenso, pode indicar câncer de pulmão. Vale reforçar que muitos desses sintomas são provocados por outras doenças. Portanto, a consulta médica e a investigação das causas são estritamente necessárias. Se os exames indicarem algum tipo de câncer, o tratamento adequado é iniciado. Agora que você sabe quais são os principais sinais de câncer, pode compartilhar esse post em suas redes sociais para que outras pessoas possam se cuidar também!

Tudo sobre o lúpus

“Se não houver cura, que ao menos haja conforto”. É com esse lema que a campanha Fevereiro Roxo promove, durante todo o mês, a conscientização sobre o Alzheimer, o lúpus e a fibromialgia. As três doenças são diferentes, mas todas apresentam sintomas que debilitam o paciente no dia a dia e nenhuma tem cura, por isso a importância de controlar os sintomas e buscar a qualidade de vida, mesmo portando alguma delas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, há cerca de 65 mil pessoas com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) no Brasil, sendo a maioria mulheres. Esses números indicam que uma a cada 1.700 mulheres no país tem a doença. O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, mas apresenta uma incidência maior nas mulheres, principalmente entre os 15 e 45 anos, e em pessoas afro-americanas, hispânicas e asiáticas. O índice é três vezes maior em mulheres negras. Trata-se de uma doença inflamatória de origem autoimune, ou seja, ocorre quando o próprio sistema imunológico passa a atacar órgãos e tecidos do corpo por engano. Assim como a maioria das doenças autoimunes, o lúpus é crônico. A doença pode ser dividida em quatro tipos: - Lúpus Sistêmico: a forma mais comum, que compromete vários órgãos ou sistemas do corpo, - Lúpus Discoide: a inflamação é limitada à pele, - Lúpus induzido por drogas : a inflamação é temporária, causada por algumas substâncias ou medicamentos, - Lúpus neonatal: condição rara e temporária que afeta filhos de mulheres com lúpus. No geral, a doença pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins, cérebro, entre outros, causando fadiga, febre, perda de peso, queda de cabelo, dor nas articulações, entre diversos outros sintomas. Como já mencionado acima, o lúpus também pode acometer somente a pele, com o chamado “rash cutâneo”, uma vermelhidão no rosto em forma de borboleta atingindo as bochechas e a ponta do nariz. Isso piora com a luz do sol e afeta cerca de metade das pessoas com lúpus. Outros sintomas dependem da parte do corpo afetada e eles podem surgir de repente ou se desenvolver lentamente. A maioria dos pacientes com lúpus apresenta sintomas moderados, que surgem esporadicamente, em crises. Porém, esses sintomas podem ser extremamente dolorosos, tanto que o lúpus é a principal causa de internação hospitalar entre as doenças reumáticas. Não existe nenhum teste específico para diagnosticar o lúpus e os sintomas variam muito de pessoa para pessoa, além de mudarem com o passar de tempo. O diagnóstico, então, é feito pela combinação de sintomas encontrados no exame físico, testes de sangue e de urina. Embora não exista a cura, o lúpus pode ser tratado a fim de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos portadores da doença. Hoje, com acompanhamento e tratamento adequados, de 80% a 90% das pessoas com lúpus pode ter uma vida normal. Você tem ou conhece alguém que tem lúpus? Já sabia das particularidades da doença? Deixe aqui seus comentários e compartilhe esse conteúdo nas suas redes sociais!

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