A pandemia da COVID-19 trouxe à tona a discussão de um assunto extremamente relevante: a vacinação. Aproveitando que em 17 de outubro é o Dia Nacional da Vacinação, cabem aqui alguns esclarecimentos sobre o tema, sem se ater, especificamente, à COVID, mas à vacinação de forma geral.
Primeiro, é importante reforçar que as vacinas não representam apenas a proteção da saúde individual, mas sim coletiva, para que toda a população possa evitar a propagação de doenças que causam mortes, sequelas graves e sobrecarregam os sistemas de saúde.
Para que a proteção coletiva aconteça, é fundamental que todos estejam informados sobre a importância de aderir às campanhas de vacinação, mas também entender como as vacinas funcionam.
Para isso, elencamos alguns mitos e verdades sobre as vacinas. Continue acompanhando esse conteúdo, baseado em informações de Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para tirar todas as suas dúvidas.
Vacinas podem causar efeitos colaterais: verdade
Toda vacina pode provocar reações indesejáveis, como manchas e coceira na pele, inchaço nos lábios e nas pálpebras, dificuldade para respirar, febre, dor ou inflamação no local da aplicação. As reações costumam ser leves e desaparecem rapidamente.
Quanto mais fortes forem as reações, mais protegida a pessoa está: mito
A eficácia das vacinas não está relacionada à intensidade dos efeitos colaterais. No geral, as vacinas provocam cada vez menos reações adversas.
É possível tomar a mesma vacina duas vezes: verdade
Se alguém não lembra se foi imunizado contra alguma doença e perdeu sua carteirinha de vacinação, é aconselhável procurar um centro de imunizações para buscar orientações, saber quais vacinas devem ser tomadas e os possíveis efeitos colaterais.
Algumas vacinas exigem mais de uma dose, mas a primeira dose já imuniza: mito
Se algumas vacinas exigem a segunda dose é porque essa programação é necessária. Para o desenvolvimento de imunidade adequada para prevenir as doenças causadas por vírus e bactérias é preciso seguir corretamente o calendário de vacinação.
É preciso tomar vacina mesmo para doenças erradicadas: verdade
Mesmo que uma doença já esteja erradicada em um país, o vírus continua circulando em outras partes do mundo e pode voltar a se espalhar. No Brasil, um exemplo disso é o sarampo, considerado eliminado em 2016 e, devido à baixa adesão à vacinação, voltou em 2018.
Vacinas não são seguras: mito
As vacinas passam por fases de testes criteriosos antes de serem liberadas pelos órgãos regulatórios de saúde. Nesses testes, além da eficácia da imunização, também são avaliados possíveis efeitos colaterais e a segurança.
Mesmo doenças que não são graves podem precisar de vacina: verdade
Todas as doenças inclusas no calendário de vacinas podem causar complicações graves, principalmente a populações vulneráveis, que incluem grávidas, crianças pequenas, idosos, pessoas com doenças crônicas ou imunocomprometidas.
É melhor ser imunizado por meio da doença do que por meio de vacinas: mito
A vacinação é a forma mais segura de uma população evitar a transmissão de doenças e, consequentemente, um colapso dos sistemas de saúde. A ideia de imunizar uma população pela infecção é muito perigosa porque causaria um grandioso número de mortes antes de atingir a imunidade.
Há vacinas contraindicadas para alguns grupos: verdade
Vacinas como a da febre amarela, da varicela e do sarampo, feitas com o agente infeccioso atenuado, podem ser contraindicadas para gestantes e pessoas com a imunidade prejudicada. Já as vacinas com o agente infeccioso inativado, como a da gripe, pneumonia e tétano, podem ser aplicadas mesmo em pessoas com o sistema imune debilitado. É importante consultar o médico para saber o que é indicado para cada caso.
O mercúrio contido nas vacinas faz mal à saúde: mito
O mercúrio é usado como conservante nos frascos que contêm várias doses de vacinas. O objetivo é evitar a contaminação por fungos, bactérias e outros microrganismos. A substância é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e usada em doses muito baixas, sendo eliminada rapidamente pelo corpo.
Com essas informações, você está mais consciente da importância das vacinas e também pode comemorar o Dia Nacional da Vacinação. Aqui no blog há diversos outros conteúdos que podem ser do seu interesse. Não deixe de acompanhar!