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Qual é o papel do radiologista?

Neste mês de novembro foi celebrado o Dia do Radiologista, especialista médico que atua em uma área ampla, que está em constante mudança e crescimento, e tem aplicações em todas as demais áreas da Medicina. A data foi escolhida em homenagem ao físico alemão Wilhehm Conrad Roentgen que em 1895 iniciou as experiências que levaram à descoberta de uma energia eletromagnética capaz de atravessar o corpo humano e ser captada por um filme fotossensível. Para nomear essa energia, o termo escolhido foi “raio x”, com a letra que representa o desconhecido. Oito anos mais tarde, após aperfeiçoar sua descoberta, Roentgen recebeu o Prêmio Nobel de Física. Desde então, a Radiologia Médica passou a ser considerada uma especialidade. Apesar de toda a grandiosidade dessa descoberta, das evoluções na área e da ampla abordagem de atuação, muita gente não sabe que o trabalho do médico radiologista é fundamental para prevenir, detectar e apoiar as decisões de procedimentos de outros especialistas. Então, a seguir, vamos detalhar um pouco mais sobre o papel do radiologista. Quais os conhecimentos de um radiologista? Esse profissional precisa, antes de tudo, estar preparado para a investigação e a avaliação de hipóteses. Para tanto, deve ter conhecimento de todas as grandes áreas da Medicina para poder relacionar os estudos clínicos com os processos de imagem. Ele também precisa ter familiaridade com a tecnologia. O radiologista cursa a faculdade de Medicina e realiza residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Desta forma, o profissional possui conhecimentos gerais em anatomia humana, tecnologias, formação e interpretação de imagens radiológicas. Na prática, qual é o papel do radiologista? Resumidamente, o radiologista é o médico especialista em diagnóstico por imagem. É o profissional que realiza a leitura e a análise das imagens geradas pelo técnico em Radiologia. Após o estudo, o radiologista emite laudos com dados clínicos sobre as condições do paciente. Portanto, o trabalho desses profissionais é fundamental para prevenir, detectar e apoiar as decisões de outros especialistas sobre como proceder. De que forma a Radiologia pode ajudar as pessoas? A Radiologia é dividida em dois segmentos: o diagnóstico e o terapêutico. O primeiro é responsável por diagnosticar condições através de diferentes exames de imagens e auxiliar os médicos no tratamento de patologias. Já o segundo utiliza a Radiologia como recurso de tratamento para doenças. Que tipo de doença pode ser tratada com a Radiologia Intervencionista? Casos de aneurismas, miomas e cânceres, por exemplo. Os procedimentos também podem ser usados para tratar abcessos, destruir tecidos de tumores e tratar a dor, com aplicação de medicamento diretamente no local. Quais os principais procedimentos intervencionistas? São muitos os métodos aplicados, tanto para procedimentos de diagnóstico quanto para os terapêuticos. Entre os diagnósticos estão as biopsias, as punções e as angiografias, que, geralmente, colhem material para análise. Já os terapêuticos podem ser angiografias com embolização, drenagens percutâneas, ablações percutâneas e aplicações de medicamentos para alívio da dor. Quais foram as principais mudanças ocorridas na área da Radiologia? A Radiologia trouxe inovações desde a descoberta dos raios x até o desenvolvimento da Medicina Nuclear, da Radiologia Digital, da Tomografia Computadorizada e da Ressonância Magnética. Devido ao caráter tecnológico, a Radiologia foi a especialidade médica que mais evoluiu nas últimas décadas. Com frequência, surgem novos procedimentos de imagem, exigindo profissionais constantemente atualizados. Geralmente, quais são as técnicas adotadas pelo radiologista? Apesar de ter sido a tecnologia que deu origem à Radiologia Médica, há mais de cem anos, o raio x ainda tem grande importância nos dias atuais, fazendo radiografias de diversas partes do corpo, evidenciando fraturas e outras anomalias. Hoje, porém, os aparelhos de raio x mais modernos são digitais e contam com recursos para diminuir a exposição à radiação. Além dele, tem a tomografia computadorizada, a mamografia, a densitometria óssea, a ressonância magnética, entre outros. Você já sabia da importância do radiologista na vida das pessoas? Compartilhe esse conteúdo nas suas redes sociais para que outras pessoas também saibam!

Hospital São Lucas realiza a primeira Cirurgia Gastrointestinal por Robótica de Ribeirão Preto

Foi realizada, segunda-feira, dia 26 de outubro no Hospital São Lucas a primeira Cirurgia Gastrointestinal por Robótica de Ribeirão Preto e região. A paciente, uma mulher de 39 anos, diabética e hipertensa, com obesidade grau III foi submetida a correção de hérnia complexa de parede abdominal ventral. Ela já tinha sido operada do mesmo problema por videolaparoscopia há 1 ano, com recidiva. O procedimento foi realizado pelo Dr. Fernando Galante, cirurgião especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Especialista em Cirurgia minimamente invasiva do Aparelho Digestivo. Segundo o Dr. Galante, além das hérnias complexas como a da paciente operada, praticamente todas as patologias cirúrgicas do aparelho digestivo podem ser abordadas por robótica com grande precisão, como por exemplo doenças oncológicas do aparelho digestivo como os tumores gástricos, intestinais, vias biliares, pâncreas e até hepáticos. Reoperações como as reinterevenções para cirurgia do refluxo e para cirurgia bariátrica tem indicação precisa na robótica, também. Segundo o especialista a cirurgia robótica é mais vantajosa em dois aspectos: O primeiro relacionado a tecnologia, visão 3D, equipamentos que imitam os movimentos da mão humana inclusive com mais amplitude, filtro de tremores da mão humana, capacidade de interação entre equipe de campo com o cirurgião através da tela de alta definição, capacidade de visualização de imagens de exames do paciente na tela do console do cirurgião durante a cirurgia. E o segundo está relacionado a ergonomia do ato operatório para o cirurgião: ele opera sentado com a cabeça e braços apoiados é isso faz muita diferença no desempenho pois em cirurgias longas o cansaço físico pode comprometer o procedimento. O Hospital São Lucas de Ribeirão Preto inaugurou em junho de 2019 o Serviço de Cirurgia Robótica com a realização das duas primeiras Cirurgias Robóticas, em hospital privado de Ribeirão Preto e região. Desde a implantação do Serviço até o dia 28 de outubro de 2020, já foram realizadas 198 cirurgias robóticas na instituição, em várias especialidades médicas. A cirurgia robótica maximiza as taxas de cura, reduz o sangramento em até 80% e minimiza consideravelmente as sequelas, além de proporcionar a recuperação das funções vitais 40% mais rápido. A técnica cirúrgica é uma das mais modernas e inovadoras da atualidade e está presente em poucos centros hospitalares do Brasil. O Hospital São Lucas, o Hospital Ribeirania, o Hospital Especializado, a Med Medicina Diagnóstica e o Centro Médico São Lucas, compõem o Grupo São Lucas, associado a HospitalCare desde 2017. Participantes do procedimento: Dr. Fernando Galante, Dr Gustavo Colli, Dr. Álvaro Augusto Nogueira, Dr. Jorge Resende Lopes Junior e Dr. Gabriel Garbato. Enfermeiras: Vanessa Moretti e Karina Andrade. Técnicos de enfermagem: Anderson Galvão, Henrique Ramos e Natália Quarezemin.

Tecnologia baseada em inteligência artificial (IA) beneficia pacientes com sintomas de acidente vascular cerebral (AVC)

O software RAPID ajuda no diagnóstico e na definição de conduta terapêutica e agiliza as decisões da equipe médica para o tratamento da doença O Hospital São Lucas disponibiliza desde o primeiro semestre de 2020 o mais moderno software de inteligência artificial que, junto à experiência médica, permite uma avaliação rápida, segura e precisa da área que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. Por meio desse software, denominado RAPID, a equipe médica consegue avaliar com maior rapidez e precisão qual a conduta mais adequada para o paciente de forma individualizada, baseado no padrão do fluxo sanguíneo específico de cada um.  Ao oferecer essa tecnologia aos pacientes, o São Lucas reduz o tempo de diagnóstico e de tratamento dessa doença, eliminando ou reduzindo ao máximo as possíveis sequelas, ressalta o Dr. Guilherme Nakiri, médico especialista em Radiologia Intervencionista do São Lucas. O RAPID é um software que interpreta as imagens do Tomógrafo ou da Ressonância Magnética do Hospital para que, no momento da realização do exame as imagens (essencial em suspeitas de AVC) sejam enviadas, via celular, para a equipe médica estudar o caso e definir o tratamento no menor tempo possível. Isso significa que as equipes de Radiologia, Neurologia e Neurorradiologia Intervencionista (neurointervenção) do São Lucas receberão, em tempo real, nos seus aparelhos celulares, o resultado do exame indicando as alterações isquêmicas ou hemorrágicas, e também se há ou não a existência de oclusão de uma grande artéria. O software facilita a quantificação das lesões isquêmicas e a identificação da artéria obstruída, fornecendo prontamente as informações necessárias para se indicar o tratamento mais adequado ao paciente. Mais segurança e menor tempo de tratamento Por meio desse software a equipe pode tomar decisões mais objetivas e de maneira segura na assistência ao paciente com AVC. O software ajuda a selecionar os pacientes que se beneficiarão de um procedimento percutâneo para a remoção do trombo que está obstruindo a artéria, pois em muitos casos, o cérebro, apesar de “isquemiado”, ainda tem condições de ter as funções neurológicas retomadas caso a artéria obstruída seja desobstruída. Essa desobstrução é feita por meio de um procedimento denominado Trombectomia Mecânica, realizado em sala de Hemodinâmica. Estudos recentemente publicados e com nível de evidência muito alto demonstraram que alguns pacientes podem manter a viabilidade do cérebro isquemiado por até 24horas. Nesses pacientes, a remoção do trombo, ainda que de forma tardia, minimizou de forma significativa ou mesmo reverteu de forma completa as sequelas neurológicas. Atualmente, o software RAPID é o único recurso tecnológico validado em estudos clínicos, capaz de detectar quais são esses pacientes que se beneficiarão de um tratamento em fase mais tardia (até 24horas do início dos sintomas). Para os pacientes que apresentam oclusão de uma grande artéria cerebral, admitidos no hospital com mais de 6 horas do início dos sintomas, o estudo de Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnetica com perfusão cerebral é fundamental para indicação dos casos elegíveis para trombectomia mecânica. O software processa esses dados, fornecendo imagens cerebrais em mapas de cores que indicam as áreas atingidas de forma definitiva e também as áreas do cérebro que, apesar de atingidas, ainda possuem viabilidade de tratamento desde que seja feita a desobstrução do local - o que os médicos chamam de “zona de penumbra” ou “área cerebral ainda viável”. O RAPID é uma inteligência artificial que está sendo utilizada em grandes hospitais do Brasil, como Sírio Libanês (São Paulo e Brasília), e já está fazendo grande diferença no tratamento do AVC. Seu uso é relativamente novo. A partir de janeiro de 2018, estudos revolucionaram o tratamento quando comprovaram a viabilidade de tratar pacientes além das seis primeiras horas do AVC para até 24 horas desde o início dos sintomas, com o uso do RAPID. O software demonstra os enormes saltos que a tecnologia médica fez nos últimos dois anos para melhorar o diagnóstico e o tratamento dos pacientes. A agilidade e eficiência do RAPID, somada à experiência médica, fizeram com que a quantidade de pacientes elegíveis para tratamento pós AVC isquêmico saltasse de 12.285, em 2017, para 25.269 em 2018 – considerando apenas os hospitais que utilizam o software RAPID, em mais de 40 países da América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e Austrália. Como funciona o Rapid Paciente chega do Pronto-Socorro e, no atendimento inicial pelo neurologista, há a suspeita de AVC. A equipe de neurointervenção é notificada sobre a situação do paciente. Rapidamente uma tomografia computadorizada é realizada. O diagnóstico é enviado à equipe médica para análise e definição do tratamento enquanto o paciente finaliza os procedimentos na sala de exames. A equipe médica, que já recebeu em seus dispositivos móveis o resultado do exame com a análise feita pelo software RAPID dividida por cores, avalia o tratamento a ser realizado imediatamente. O grande desafio agora, é educar a população para os principais sinais e sintomas do AVC. Conscientes desses sinais, os pacientes deverão chegar o mais rapidamente possível à nossa Emergência – onde a equipe já estará pronta com o que há de mais moderno para atendê-lo. Principais sintomas de AVC Nos músculos: dificuldade para caminhar, fraqueza em um dos lados do corpo, fraqueza muscular, incapacidade de coordenar movimentos musculares, instabilidade, músculos rígidos, paralisia com músculos fracos, problemas de coordenação, paralisia de um lado do corpo. Na visão: perda temporária da visão em um olho, súbita perda da visão, visão dupla ou visão embaçada. Na fala: dificuldade de fala, fala arrastada ou perda da fala. Sensorial: formigamento ou redução na sensação de tato. No rosto: dormência ou fraqueza muscular. No corpo: tontura ou vertigem. Na cognição: confusão mental ou incapacidade de falar ou de entender o próprio idioma. Também é comum: dificuldade em engolir, dor de cabeça, fraqueza de um membro ou movimento rápido involuntário dos olhos. Dia 29 de outubro é o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral.   Compartilhe este conteúdo com os seus amigos e o seu comentário aqui.  

Qual é o papel do cirurgião de cabeça e pescoço?

O nome da especialidade já indica a que ela se destina: diagnóstico, acompanhamento e tratamento – muitas vezes, cirúrgico – de doenças mais graves que acometem a região da cabeça e pescoço. O principal foco de atuação dos cirurgiões de cabeça e pescoço está nos nódulos, cistos, lesões de pele e tumores benignos e malignos localizados nas regiões da face: nariz, ouvido, garganta, língua e tireoide. No Brasil, o aumento dos casos de câncer, principalmente de boca em homens e de tireoide em mulheres, coloca a especialidade em posição de destaque tanto no diagnóstico precoce quanto no tratamento especializado. A seguir, esclarecemos algumas dúvidas sobre o papel do cirurgião de cabeça e pescoço. Acompanhe! Como surgiu a especialidade? A criação da Cirurgia de Cabeça e Pescoço se deve a dois hospitais norte-americanos, um de Nova Iorque e outro de Houston. A especialidade foi normatizada pelo Dr. Hayes Martin, em 1957, por meio da edição do primeiro livro da área e da criação da primeira sociedade médica da especialidade. O que é preciso para se tornar um cirurgião de cabeça e pescoço? Primeiro, o profissional deve ser graduado em Medicina. Depois, deve cursar a residência em Cirurgia Geral, que leva dois anos, e, por fim, especializar-se em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, com estudos que podem variar de dois a três anos de residência médica, dependendo do serviço selecionado. Qual é a atuação do cirurgião de cabeça e pescoço? O cirurgião de cabeça e pescoço pode atuar tanto no diagnóstico, realizando exames especializados e biópsias, quanto no tratamento cirúrgico curativo ou paliativo. Ele pode trabalhar em serviços de oncologia, clínicas de cirurgia endócrina, hospitais universitários, centros de pesquisas clínicas e consultórios. O cirurgião de cabeça e pescoço atua em conjunto com outros médicos? Sim. Diversas especialidades médicas e multidisciplinares estão relacionadas por conta da complexidade anatômica da região da cabeça e pescoço. Assim, é comum que o cirurgião de cabeça e pescoço trabalhe em conjunto com neurocirurgiões, cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. Quando um cirurgião de cabeça e pescoço deve ser consultado?           A especialidade é essencialmente cirúrgica, com ênfase em oncologia. Desta forma, chegam ao consultório pacientes encaminhados com possível indicação cirúrgica ou casos de dúvida diagnóstica. Que tipo de exame o cirurgião de cabeça e pescoço costuma fazer? Os procedimentos diagnósticos mais comuns na rotina do cirurgião de cabeça e pescoço são a videolaringoscopia e a punção aspirativa por agulha fina (Paaf), empregada na investigação de nódulos e massas cervicais. Quais são as principais cirurgias realizadas por esse especialista? A maioria das cirurgias realizadas pelo especialista em cabeça e pescoço é da glândula tireoide.  Os demais procedimentos se dividem entre patologias benignas e oncologia cirúrgica, compreendendo glândulas salivares, tumores de pele, tumores dos seios nasais, tumores da base do crânio, tumores malignos do trato aerodigestivo alto (boca, orofaringe, laringe, hipofaringe), cistos branquiais e do ducto tireoglosso, e malformações cervicofaciais. De que forma o câncer de cabeça e pescoço se manifesta? Os tumores em fase inicial não causam dor, por isso, é importante observar o surgimento de caroços no pescoço ou na face, feridas na boca ou na pele, rouquidão, ferimento no couro cabeludo com difícil cicatrização, alteração no olfato e paladar, dificuldade de engolir, obstrução ou sangramento nasal. Para isso, o melhor caminho é o autoexame. Diante de qualquer sinal, é importante procurar ajuda profissional. Quem deve ficar atento a esses sinais? Todas as pessoas, principalmente aquelas que consomem cigarro e bebida alcoólica, têm exposição solar de longa data e histórico de câncer na família. O tabagismo e o alcoolismo são os responsáveis pela maior parte de lesões malignas de cabeça e pescoço. Esclareceu as suas dúvidas sobre o papel do cirurgião de cabeça e pescoço? Aqui no blog tem muitas outras informações que podem ser úteis para você. Não deixe de acompanhar e compartilhar o conteúdo com outras pessoas.

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